sexta-feira, 1 de abril de 2011

Fogo na UEFS



Essa semana nos deparamos com um ato polêmico. Incendiaram um ônibus dentro da UEFS em "revolta" contra o iminente aumento das passagens.
Não acredito nesta forma de protesto como ferramenta útil para a reinvindicação de direitos, entretanto compreendo que alguns, diante da completa falta de respeito e compromisso dos nossos atuais governantes para com o povo, sejam compelidos ao radicalismo.

No facebook o tema já é alvo de discussão há dias!

Então, é válido praticar atos de vandalismo, rompendo a barreira da legalidade, para se fazer ouvir? Será qua não haveria outras formas mais inteligentes e eficientes de abordar esta temática?




Sim ou Não, o que verdadeiramente presenciamos é um sintoma grave da degradação do movimento estudantil feirense e, ao que posso perceber, nacional. Não há mais discussões sobre os rumos do país ou de suas regiões, não há mais interesse na melhoria social, não há mais engajamento. Os poucos estudantes que ainda lutam por algo são manipulados por forças político-partidárias e se perdem em lutas vãs que acabam por angariar votos para alguém.

Tenho medo de um Brasil sem uma classe estudantil ativa. Um Brasil cada vez mais analfabetizado politicamente e pobre em auto-reflexão.

Posso não concordar com depredação de patrimônio alheio, mas fico feliz que alguém ainda se importe.



Márcio Marques

2 comentários:

  1. É por isso que,às vezes, eu acho q nasci na época errada, porque quando assisto filmes da época da ditadura eu tenho vontade de estar ali lutando junto com aquele pessoal que se doava ao movimento. Hoje, sou estreante no "universo universitário" e percebo que o movimento estudantil ainda existe, mas são poucas as pessoas que por ele se interessam. Muitos vem a universidade como um instrumento para enriquecimento e explodam-se os problemas sociais.

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  2. Concordo plenamente, caro amigo. É frustrante ver como a juventude brasileira perde paulatinamente, mas de maneira contínua, seu intelecto.

    Contudo, a verdadeira luta começa quando se decide usar as armas certas, éticas e lícitas.

    lutar através do ilícito e do radical é sempre a maneira mais fácil de não resolver os problemas

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