segunda-feira, 20 de abril de 2009

Que história é essa?...

Um campus inegavelmente bonito, arborizado, com dimensões invejáveis, com várias salas espalhadas em módulos e PAT’S, um campus munido de uma segurança bem equipada com carros, motos, cavalos, seguranças robustos e alguns portando armas de fogo, prontos e treinados para garantir a segurança das pessoas? A resposta é NÃO meus amigos (as), a segurança da UEFS tem como estrito dever garantir a integridade física do Patrimônio.
Todo mundo que é da UEFS já ouviu falar em alguma história envolvendo roubo, furto, estupros ou tentativas dentro da instituição ou nos seus arredores, o mais recente (ao menos para mim) foi o caso de uma estudante, filha de um professor da casa, que foi roubada, no início das aulas de 2009, quando saía pelo portão lateral, que dá acesso ao feira VI, à noite, a poucos metros da guarita. Felizmente o prejuízo foi apenas material visto que o ladrão surpreendeu a vítima empunhando um revólver. Essa é uma história que se repete e tende a ficar mais freqüente devido ao fato da comunidade acadêmica está desprovida de seguranças que tenham como dever proteger além das vidraças, portas, cadeiras e computadores também as pessoas que circulam pelo local.
Tudo começa pela entrada, é muito frágil o sistema que controla a entrada e a saída de pessoas e veículos, um ladrão, um puxador de carro, um estuprador, um suicida ou o que quer que seja poderá entrar na UEFS fazer uma vítima e sair do campus sem ser aborrecido, e se no meio do caminho essa pessoa perder o famoso papelzinho que a guarita fornece com a placa do veículo não tem problema, um santinho da eleição passada, uma lista de supermercado, uma nota fiscal qualquer, um pedaço de papel em branco desde que seja do mesmo tamanho do original podem substituir, eu mesmo já fiz o teste até com o comprovante de livros da biblioteca e infelizmente deu certo.
Um sistema de segurança que não fosse exclusivamente patrimonial garantiria principalmente para os alunos da noite uma maior tranqüilidade para ir à biblioteca, para transitar entre os módulos arbustivos da UEFS, sem contar que não seria necessário reunir uma força tarefa com um verdadeiro comboio de estudantes, com cadernos prontos para serem arremessados sobre algum suspeito, com canetas servindo de canivetes, com bolsas tendo pedaços de pedra em seu interior tudo isso para poder ser possível ir ao módulo VII depois das vinte horas.
Poderia contar muitos outros exemplos que a falta de segurança já causou e poderá causar no nosso campus, mas convido a você que está lendo agora este texto a dar a sua opinião, a fazer sua crítica e a dar o seu próprio testemunho se for o caso. Esse assunto precisa ser debatido, pois a Segurança de nossos passos dentro da UEFS é um direito que deve nos assistir.
José Carlos Junior, III semestre ADM.

6 comentários:

  1. Absolutamente verdadeiro, este post.
    Como Jr falou, o sistema de segurança da UEFS, além de unicamente patrimonial é desprovido de alguns recursos básicos que deveriam ser aplicados sem nenhuma sobra de duvidas.
    O primeiro passo seria uma efetiva fiscalização das entradas e saídas do campus. Os não-alunos da instituição deveriam, ao entrar, deveriam formar grupos e receber, cada um, um visto de visitante com o horário de entrada e o horário previsto da saída.
    Muitos dos casos que vemos, como o episódio que aconteceu na quadra de esportes, em que um jovem não estudante morreu numa partida de futebol são provocados por visitantes. Tanto o garoto que morreu quanto o que o espancou, assim como diversos outros presentes no jogo, não eram estudantes da instituição.

    Mas, vale lembrar. Felizmente ALGUNS seguranças do campus, conscientes, extrapolam sua função de simples guardas patrimoniais, e "dão uma força" quando os estudantes necessitam.

    Acredito que deveria ocorrer um debate público no campus sobre isso com a presença de todos os alunos e as "autoridades competentes"

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  2. Geise

    Até que enfim alguém fala sobre isso, minhas congratulações.

    Eu estava pronta para adicionar ao debate o caso do rapaz que foi espancado no nosso campus e morreu em consequencia das lesões corporais sofridas, mas Márcio já realizou o comentário.

    É absurda a nossa vulnerabilidade no campus.
    E a guarda é tão focada em proteger somente o patrimônio que às vezes põe em risco os próprios estudantes.

    Nos primeiros semestres, eu assistia às aulas no temido Módulo VII, período noturno. Imagine que, meus responsáveis demorando de me buscar
    (pois é, eu era "de menor" ^__^ - ainda por cima!), o guardinha respsonsável, ao verificar que eram quase as 23:00h, APAGOU as luzes do módulo e do poste frontal e me largou lá. Sim, ele me viu, eis que estava bem em baixo do poste. E para não gastar energia, ou sei-lá-o-quê, deixou uma adolescente no escuro em pleno Módulo VII às 23:00h e se retirou (snif).

    Que bom que há outros que têm alguma piedade, como, há mesma época, o guardinha da Biblioteca, que deixou as luzes acesas e ainda de vez em quando ia dar uma olhada na frente para ver se estava tudo bem. A partir de então, ali se tornou meu ponto de aguardo.

    No entanto, o que insta perceber é que estamos submetidos à caridade desses seguranças, pois o único dever dos mesmos é garantir a integridade do patrimônio físico da Universidade. Não deveria ser assim.

    Está certo que não podemos restringir a circulação de não-estudantes na área, pois se trata de local público. Mas esse fato apenas reforça a ideia de que a segurança pessoal deveria ser efetiva.

    Em verdade, a segurança pública em Feira de Santana está mesmo um caos. Não posso deixar de comentar que o próprio Fórum Filinto Bastos virou um palco de assaltos, especialmente nos elevadores. Isso mesmo: O Fórum, local em que deveria predominar a ideia de "fazer justiça", e onde ficam os juízes (inclusive criminais) e perambulam os advogados (e estagiários - rsrsrs), defensores e membros do Ministério Público.

    Nesse ano mesmo entrou lá um recém expresidiário com um facão em punho, pulando os balcões e gritando com os serventuários: "Eu quero ver Dr. X!". Tratava-se de um juiz criminal. Felizmente, ele não queria se vingar do magistrado, mas sim pedir-lhe proteção.

    Estamos em uma calamidade!

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  3. Antônio _ Contábeis21 de abril de 2009 às 09:12

    Muito legal que o José Carlos postou, com humor ele deu um verdadeiro solavanco em nossa rotina. Pq exatamente é o que acontece e nós estudantes apenas remediamos, vemos os casos e parece que não nos vai acontecer. Merecia um debate esse assunto o mais breve possível. Parabéns ao blog pela iniciativa.

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  4. Conheço muitos casos onde estudantes sofreram com a falta de segurança na uefs. Posso citar, por exemplo, um caso que ocorreu quando eu fazia história. Três conhecidos meus, de curso, sentaram-se na grama, depois da cantina, do modulo VII, para ver o pôr do sol, quando foram surpreendidos por três rapazes portando facões, que levaram suas carteiras, sacolas, livros da biblioteca... Fo a partir deste episódio que descobri que a segurança, da uefs, é patrimonial. Acredito que seguranças concursados, e não terceirizados, que tenham como objetivo garantir a integridade física da universidade (Pessoas + Patrimônio) seria a solução.

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  5. Não consigo entender, ou melhor, aceitar o fato de se priorizar bens materiais em detrimento à seres humanos. Não sei como o planejamento de segurança da UEFS pôde ser iniciado com uma proposta dessas. Não que eu ache desnecessário proteger o patrimônio, mas creio que seria menos absurdo se a segurança humana estivesse em 1º lugar. Afinal, o que é a Universidade se não as pessoas???

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  6. Olá,

    Nada contra o post, mas acho que a segurança é uma obrigação do Estado, mais que da Universidade. É um direito de qualquer pessoa, não apenas da comunidade universitária.

    Não só na UEFS (onde estudei o mestrado) se vê isso, também na UFBA (onde estudei a graduação) é muito fácil ouvir comentários e críticas contra a segurança no campus quando ocorrem crimes dentro (ou nos arredores) do campus. Difícil é ver qualquer manifestação quando o crime acontece nos bairros, sem envolver diretamente ninguém da comunidade.

    Isso também é uma forma de elitimo! Sei que o blog se chama "pensar uefs", mas certos problemas extrapolam os muros da Universidade e é preciso tratá-los assim!

    Melhor que pedir seguranças privados mais capacitados no campus da UEFS, é preciso entender o que faz de Feira e Salvador cidades tão violentas ultimamente e agir pra prevenir.

    Saudações a tod@s :)

    Charles Novaes de Santana

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